Confira as histórias digitais de alguns dos jovens que participaram do projeto JovEMovimento:
http://www.youtube.com/user/Promundo
Sexta – feira dia 16 de janeiro de 2009 às 09 hs
Local: promotoria de justiça de defesa da infância e da juventude.
Ponto de vista sobre o encontro com o tema “Políticas de educação no Distrito Federal para o ano de
De inicio nos deparamos com a desorganização da reunião que tinha um assunto especifico a ser tratado o que não foi repassado aos participantes da mesma, o assunto a ser discutido foi a falta de vagas para os alunos da rede pública (o mal funcionamento do tele matricula, 156). Confirmando para este ano mais de 27 mil alunos que não vão estudar por falta de vagas na rede pública de ensino de todo o DF.
Percebemos nesta reunião o descaso do governo para com a educação, sendo representado pelo assessor do vice governador (era notório o grande desinteresse dele para com a reunião, em suas expressões faciais um tanto quanto irônicas, talvez!), este que não tinha nenhuma informação do que seria tratado na reunião e que dava sempre repostas evasivas fugindo da responsabilidade que o governo do distrito federal tem para com a educação.
Percebemos o desentendimento entre as regionais de ensino, (secretaria de ensino das cidades satélites), conselho tutelar e Ministério Público, criando divergências de informações, assim não resolvendo a problemática da falta de vagas nas escolas públicas do DF.
Entendemos que uns dos grandes desafios dos conselhos tutelares é enfrentar a demanda vinda do crescimento desordenado das cidades satélites, o que antes um conselho dava conta, hoje é necessário mais de um conselho em algumas cidades, o que é o caso da Ceilândia que tem mais de 500 mil habitantes e possui apenas um conselho tutelar.
Outro problema apontado nesta reunião é o crescimento das cidades e a subtração das escolas (havendo várias escolas sendo fechadas no DF), criando um descaso em todo o âmbito educacional.
Obs: O governo tem 3 bilhões para investir em uma nova sede em seu governo, mais não tem verba suficiente para educação, no final, quase todo orçamento destinado a educação acaba tendo outro destino como por exemplo publicidade para governo do gdf.
Foi frisado somente o ensino infantil e fundamental deixando vaga a importância de se aprofundar na questão do ensino médio, foi sugerida uma comissão para discutir a situação do ensino médio (que é deplorável, e as poucas escolas que ainda sobrevivem, estão sucateadas funcionando mal e porcamente e a maioria delas funciona somente um período como por exemplo o Centro Educacional 07 de Ceilândia - Norte).
Encaminhamentos da reunião:
Foi formada uma comissão avaliadora que dará sugestões para a proposta emergencial do governo sobre a falta de vagas para os alunos das escolas públicas, (na qual estamos fazendo parte). No prazo de três dias corridos a partir de hoje, a secretaria de educação vai nos apresentar a proposta, para efetivarmos um plano emergencial antes do retorno das aulas dia 09 de fevereiro, para assim garantir que todos os alunos tenham o direito a educação.
16 de janeiro de 2009 às 17:20
Flaviana e Gilvaneth
ESTAMOS DE OLHO!!!!!!!!
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Segundo Verônica Moura, moradora do Santa Marta, uma das integrantes do grupo, a idéia é atingir pessoas que não têm contato direto com a realidade das favelas atraindo mais pessoas para a causa.
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Verônica vê dificuldades em abordar as pessoas |
A campanha, lançada no início do mês, já percorreu diversos bairros distribuindo o material produzido, como cartões postais, cartazes e conversando com as pessoas para explicar o objetivo da campanha. “Até agora, nós estamos sentindo uma certa dificuldade de abordar as pessoas nas ruas. Algumas nem prestam atenção, outras pensam que estamos vendendo alguma coisa e nem param para falar com a gente”, conta Verônica Moura de 24 anos.
O projeto que recebe apoio de instituições como o Cedaps, Luta Pela Paz, Observatório de Favelas para capacitar os jovens e aprofundar o tema entre os jovens.
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Samuel: nós também temos preconceitos |
“Hoje eu sinto mais orgulho do lugar onde moro. Antes, não falava que vivia na Vila Aliança, dizia que a minha casa era em Bangu”, completa Bruno Bastos.
A relação dos jovens com o lugar onde moram foi um dos motivos que o levaram a pensar na campanha contra o preconceito. Eles já perderam as contas de quantas vezes sofreram alguma discriminação quando disseram que moravam em favela. “Nós ficamos sabendo de vários jovens que tentam estudar ou conseguir um emprego e são discriminados por causa do lugar onde vivem. Recentemente, eu sofri com isso. Quando a minha filha nasceu, a recepcionista da maternidade me olhou estranho quando disse que morava na Maré”, relembra Michele Aldeia.
Outro ponto destacado pelos jovens foi que durante esse período, eles aprenderam que também têm direitos. “Não podemos achar natural a forma como os policias atuam nas favelas. Eles sobem o morro e acham que todo mundo é bandido. Até a mesma forma de abordar é diferente fora da favela”, explica Verônica.
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Michele sofreu discriminação na maternidade |
“Nós temos que mudar essa realidade, não podemos nos acostumar com isso. Há algum tempo eu estava na sala da minha casa, com meus dois irmãos menores e a polícia entrou na sala”, recorda Michele.
Rapazes são as principais vítimas do preconceito
Todos os jovens concordam que são os meninos que mais sofrem com o preconceito. “Eu já fui parado pela polícia, porque estava correndo. Eu tinha brigado com a minha namorada, ela saiu na minha frente e eu fui atrás. Já saíram do carro apontando a arma, nem me deram a oportunidade de falar nada. Fiquei sentado por meia hora e só fui liberado porque uma amiga minha me viu naquela situação e disse que eles só estavam fazendo aquilo porque eu era negro e morava na favela”, lembra Samuel.
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Priscila orgulha-se da campanha |
Segundo Verônica, um dos alunos disse que a mãe pedia para ele descer no ponto de ônibus anterior ao morro Santa Marta.“A imagem que chega sempre é da violência. Quando contei que no Santa Marta tem até grupo de chorinho, eles nem acreditaram”, diz Verônica, que está grávida de sete meses e diz que resolveu participar da campanha pelo filho que vai nascer. “Eu não quero que alguém diga que meu filho vai ser mais um bandido”.
O texto prevê ainda que lei específica estabelecerá o Plano Nacional da Juventude e o Estatuto da Juventude garantindo o compromisso do governo com políticas públicas para os jovens de 15 a 29 anos. Segundo a relatora Alice Portugal, o Brasil tem hoje a maior geração de jovens de todos os tempos, quase 50 milhões de indivíduos que necessitam a exigir políticas inclusivas e diferenciadas.
Secretaria-Geral da Presidência da RepúblicaJovens lançam campanha pelo fim do preconceito | | | |
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Seg, 10 de Novembro de 2008 11:06 | |
Da Redação /Colaborou Fabiana Born Lançada em 6 de novembro, no Rio de Janeiro, a “Campanha Favela: Eu sou daqui! Jovens pelo fim do preconceito” foi desenvolvida pelo grupo do Projeto JovEMovimento, com a coordenação do Promundo e do Centro de Criação de Imagem Popular (Cecip). O objetivo é reduzir o preconceito contra moradores(as) de favelas em uma cidade que tem 20% de 1 milhão e 500 mil jovens vivendo nesses espaços.
A idéia da campanha surgiu a partir da troca de experiências sobre políticas públicas e violência entre integrantes do Projeto JovEMovimento – oito jovens de 19 a 24 anos, moradores(as) de cinco favelas cariocas: Maré, Rocinha, Vila Aliança, Santa Marta e Complexo do Alemão. “Durante nossas discussões, percebemos a necessidade de trabalhar o preconceito e decidimos fazer a campanha para conscientizar a população, para que ela reveja seus conceitos, principalmente a classe média” explica Verônica Moura, 24 anos, moradora do Santa Marta, integrante do JovEMomimento e uma das idealizadoras da campanha. Os(as) jovens participantes da campanha afirmam ter passado por diferentes situações de discriminação. Verônica destaca a busca por emprego como uma das situações mais freqüentes. “Quando vêem meu endereço, percebo que me olham torto”, afirma. O mesmo acontece em momentos de lazer: “Muitas vezes não somos atendidos em locais como shoppings. Os vendedores acham que não temos dinheiro e nos discriminam pela forma como nos vestimos”, desabafa Ana Carolina Ana Carolina Almeida, 23 anos, moradora da Rocinha, também integrante do projeto. As pessoas envolvidas no projeto, que teve início em 2006, contaram com um curso de capacitação para garantir autonomia para o desenvolvimento da campanha. “Tudo foi feito por eles, nosso papel foi buscar recursos e auxiliá-los”, enfatiza Max Freitas, coordenador da campanha e assistente de programas do Promundo. Os(as) jovens também contaram com a colaboração de cerca de 10 técnicos durante a fase de criação. A campanha pelo fim da discriminação contará com busdoors em ônibus da zona sul, fixação de cartazes pela cidade e distribuição de cartões postais em locais como cinemas e restaurantes. Aos sábados, serão realizados eventos em praças e outros locais públicos com atividades culturais, além do diálogo direto entre integrantes do projeto e a sociedade na busca pela desmistificação da favela e de seus(suas) moradores(as). O otimismo em relação aos efeitos da campanha é grande. “Minha expectativa é de que a campanha possa abranger várias pessoas”, diz Ana Carolina. “Espero que a campanha sirva para sensibilizar a população, propondo um novo olhar sobre a favela e seus moradores”, declara Max. “Se diminuir um pouquinho o preconceito, já tá bom pra gente”, conclui Verônica.
Para ver a matéria original clique aqui: http://www.juventudesulamericanas.org.br/index.php/noticias/38-materias/96-jovens-lancam-campanha-pelo-fim-do-preconceito |
Blog do Noblat - http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?cod_post=139406
JB Online - http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/11/06/e061120096.html
Site O Globo - http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/11/06/jovens_lancam_campanha_favela_eu_sou_daqui_-586287029.asp