quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Favela: eu sou daqui! no RJTV sábado 06/12

RJTV 1ª Edição > 06/12/2008 > Reportagem

Jovens de favela lançam campanha para combater preconceito
Na Coluna Bate-Papo de hoje, Edney Silvestre conversa com uma das idealizadoras dessa iniciativa.

Quem mora em favela ou comunidade pobre sabe bem do preconceito que tem que enfrentar na hora em que contam onde mora. Alguns jovens dessas comunidade e favelas talvez tenham encontrado uma forma de combater esse preconceito. Sobre isso, conversamos no Bate-Papo com Verônica Moura

Edney Silvestre: Quantos você tem?

Verônica Moura: 24 anos.

Você é formada como técnica de administração, mas não consegue emprego? Por quê?

Porque eu moro na Favela de Santa Marta.

Isso acontece muito frequentemente com quem mora em favela?

A pessoa não consegue emprego, tem muito preconceito com morador de favela e as pessoas têm que mentir seu endereço para conseguir um emprego.

E você se recusa a mentir?

Eu me recuso.

Agora, está no ar uma campanha criada por jovens de favelas e comunidades pobres do Rio de Janeiro para tentar alterar essa imagem.

Na verdade a campanha é “Favela eu sou daqui”. São vários jovens, de várias favelas do Rio de Janeiro. A campanha é para mostrar para a classe média, a classe alta, que somos jovens como outros jovens do Rio de Janeiro, temos os mesmo direitos, queremos algumas coisas parecidas, emprego, saúde. Existem os direitos, mas não é a mesma coisa para os jovens moradores de favela. Mas por quê? Quantas vezes a gente vai ao supermercado e o segurança fica atrás da gente.

Isso acontece com você com muita freqüência?

Direto. Para ir no supermercado eu tenho que me arrumar. Se eu for de roupa simples ou com pessoas negras do meu lado é sempre. Não posso pegar um táxi, eu não tenho esse privilégio, de pegar o táxi e saltar em frente à minha comunidade.

E você mora lá em cima do Santa Marta. E agora, grávida de 7 meses, lá vai você todo dia subindo a pé?

Todo dia. Apesar do que lá tem o plano inclinado, o bondinho, mas mesmo assim é alto e eu sofro com esse preconceito. Se eu falar que sou moradora de favela muda totalmente os olhares, a postura da pessoa, como a pessoa fala com você, muda tudo.

Você teve outros empregos?

Sim, eu trabalhei num restaurante, de garçonete, e trabalhei em creche.

Você achou que era pouco, que você pode mais?

Sim, eu quis sair, eu quero estudar porque era uma coisa melhor, eu queria me formar, só que estou tentando. Não consegui entrar numa faculdade, mas eu fiz o técnico.

Os outros jovens envolvidos nessa campanha são de que comunidades e favelas?

Tem do Complexo da Maré, do Alemão, da Rocinha, Santa Marta e Bangu. Essa é a visão da nossa campanha. Que a favela faz parte do Rio de Janeiro. É a sociedade. Não essa separação de favela e asfalto. E tem que quebrar isso. É uma campanha aberta para as pessoas refletirem, verem seus conceitos, seus preconceitos.

Vou terminar pedindo para você falar de um jovem que vem aí, o seu filho Gabriel. Daqui a pouco vai nascer e vai ter que enfrentar esse mundo também.

Eu quero muito que meu filho não seja mais uma criança, que as pessoas falem: ‘esse daqui vai ser outro bandidinho’. Ele vai nascer na favela, vai morar lá e eu quero dar o melhor pra ele, mostrar, conversar e falar que ele tem os mesmos direitos e total liberdade, o direito de ir e vir. E que ele também possa ser respeitado

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Campanha "Favela: eu sou daqui!" no Viva Favela - www.vivafavela.com.br




Pelo fim do preconceito
Renata Sequeira - 26/11/2008 - rsequeira@vivario.org.br


Eles ainda são um grupo pequeno, apenas oito jovens em um universo de mais de 300 mil que vivem em favelas do Rio de Janeiro, mas com um objetivo: ajudar a diminuir o preconceito que jovens moradores de áreas de baixa renda sofrem. Com uma média de 20 anos, eles resolveram se juntar e lançar a campanha “Favela: eu sou daqui!”, que aborda o preconceito e a violência que muitos deles sofrem diariamente pelo simples fato de morarem em uma comunidade.

Segundo Verônica Moura, moradora do Santa Marta, uma das integrantes do grupo, a idéia é atingir pessoas que não têm contato direto com a realidade das favelas atraindo mais pessoas para a causa.

Verônica vê dificuldades em abordar as pessoas
Verônica vê dificuldades em abordar as pessoas
“Nosso objetivo é mostrar que a cidade do Rio é formada pela favela e pelo asfalto e queremos diminuir uma distância que possa existir entre essas áreas. Por isso, nosso público alvo são as classes média e alta para que possa ocorrer uma mudança na visão que eles têm sobre os jovens moradores das comunidades”.

A campanha, lançada no início do mês, já percorreu diversos bairros distribuindo o material produzido, como cartões postais, cartazes e conversando com as pessoas para explicar o objetivo da campanha. “Até agora, nós estamos sentindo uma certa dificuldade de abordar as pessoas nas ruas. Algumas nem prestam atenção, outras pensam que estamos vendendo alguma coisa e nem param para falar com a gente”, conta Verônica Moura de 24 anos.

O projeto que recebe apoio de instituições como o Cedaps, Luta Pela Paz, Observatório de Favelas para capacitar os jovens e aprofundar o tema entre os jovens.

Samuel: nós também temos preconceitos
Samuel: nós também temos preconceitos
“Nós passamos por um período de capacitação para depois pensar e desenvolver a campanha. Talvez tenha sido o momento mais importante, porque começamos a perceber que também temos preconceitos”, explica o morador de Engenho da Rainha, Samuel Marques de 21 anos.

“Hoje eu sinto mais orgulho do lugar onde moro. Antes, não falava que vivia na Vila Aliança, dizia que a minha casa era em Bangu”, completa Bruno Bastos.

A relação dos jovens com o lugar onde moram foi um dos motivos que o levaram a pensar na campanha contra o preconceito. Eles já perderam as contas de quantas vezes sofreram alguma discriminação quando disseram que moravam em favela. “Nós ficamos sabendo de vários jovens que tentam estudar ou conseguir um emprego e são discriminados por causa do lugar onde vivem. Recentemente, eu sofri com isso. Quando a minha filha nasceu, a recepcionista da maternidade me olhou estranho quando disse que morava na Maré”, relembra Michele Aldeia.

Outro ponto destacado pelos jovens foi que durante esse período, eles aprenderam que também têm direitos. “Não podemos achar natural a forma como os policias atuam nas favelas. Eles sobem o morro e acham que todo mundo é bandido. Até a mesma forma de abordar é diferente fora da favela”, explica Verônica.

Michele sofreu discriminação na maternidade
Michele sofreu discriminação na maternidade

“Nós temos que mudar essa realidade, não podemos nos acostumar com isso. Há algum tempo eu estava na sala da minha casa, com meus dois irmãos menores e a polícia entrou na sala”, recorda Michele.

Rapazes são as principais vítimas do preconceito

Todos os jovens concordam que são os meninos que mais sofrem com o preconceito. “Eu já fui parado pela polícia, porque estava correndo. Eu tinha brigado com a minha namorada, ela saiu na minha frente e eu fui atrás. Já saíram do carro apontando a arma, nem me deram a oportunidade de falar nada. Fiquei sentado por meia hora e só fui liberado porque uma amiga minha me viu naquela situação e disse que eles só estavam fazendo aquilo porque eu era negro e morava na favela”, lembra Samuel.

Priscila orgulha-se da campanha
Priscila orgulha-se da campanha

Mas não é só de lamentos que vivem esses jovens. Desde o início da preparação da campanha, eles já tiveram êxitos. “Durante a capacitação, nós participamos de dois encontros com alunos de colégios particulares de Botafogo e Laranjeiras. Nenhum tinha contato com favela, mas um deles disse: ‘Eu tenho certeza que não é tudo aquilo que é mostrado na televisão. Parece que estamos no Iraque’. Isso já é um ganho, porque ajuda a rever e refletir sobre vários preconceitos que nós temos e não sabemos”, orgulha-se Priscila Santos, do Morro do Adeus.

Segundo Verônica, um dos alunos disse que a mãe pedia para ele descer no ponto de ônibus anterior ao morro Santa Marta.“A imagem que chega sempre é da violência. Quando contei que no Santa Marta tem até grupo de chorinho, eles nem acreditaram”, diz Verônica, que está grávida de sete meses e diz que resolveu participar da campanha pelo filho que vai nascer. “Eu não quero que alguém diga que meu filho vai ser mais um bandido”.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

APROVADA PEC DA JUVENTUDE

Foi aprovada hoje (quarta-feira 12/11), em segundo turno, na Câmara dos Deputados, em sessão extraordinária, a Proposta de Emenda à Constituição nº 138, de 2003, a PEC da Juventude, de autoria do deputado Sandes Junior. A Emenda foi aprovada com 382 votos e uma abstenção na forma do substitutivo da deputada Alice Portugal (PcdoB/Ba), relatora da matéria em comissão especial, que altera o artigo nº 227 da Constituição. O substitutivo assegura ao jovem prioridade em direitos como saúde, alimentação, educação, lazer, profissionalização e cultura. A matéria agora segue para tramitação no Senado, onde será também votada em dois turnos.

O texto prevê ainda que lei específica estabelecerá o Plano Nacional da Juventude e o Estatuto da Juventude garantindo o compromisso do governo com políticas públicas para os jovens de 15 a 29 anos. Segundo a relatora Alice Portugal, o Brasil tem hoje a maior geração de jovens de todos os tempos, quase 50 milhões de indivíduos que necessitam a exigir políticas inclusivas e diferenciadas.

Secretaria-Geral da Presidência da República
Assessoria de Comunicação

Campanha Favela: eu sou daqui! em Botafogo (RJ) - 11/11

01ª panfletagem e fixação de cartazes em Botafogo (RJ), no dia 11/11. Clique nas fotos para ampliá-las:







segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Lançamento da campanha no site juventudesulamericanas.org.br

Jovens lançam campanha pelo fim do preconceito



Seg, 10 de Novembro de 2008 11:06

Da Redação /Colaborou Fabiana Born

Lançada em 6 de novembro, no Rio de Janeiro, a “Campanha Favela: Eu sou daqui! Jovens pelo fim do preconceito” foi desenvolvida pelo grupo do Projeto JovEMovimento, com a coordenação do Promundo e do Centro de Criação de Imagem Popular (Cecip). O objetivo é reduzir o preconceito contra moradores(as) de favelas em uma cidade que tem 20% de 1 milhão e 500 mil jovens vivendo nesses espaços.

A idéia da campanha surgiu a partir da troca de experiências sobre políticas públicas e violência entre integrantes do Projeto JovEMovimento – oito jovens de 19 a 24 anos, moradores(as) de cinco favelas cariocas: Maré, Rocinha, Vila Aliança, Santa Marta e Complexo do Alemão.

Durante nossas discussões, percebemos a necessidade de trabalhar o preconceito e decidimos fazer a campanha para conscientizar a população, para que ela reveja seus conceitos, principalmente a classe média” explica Verônica Moura, 24 anos, moradora do Santa Marta, integrante do JovEMomimento e uma das idealizadoras da campanha.

Os(as) jovens participantes da campanha afirmam ter passado por diferentes situações de discriminação. Verônica destaca a busca por emprego como uma das situações mais freqüentes. “Quando vêem meu endereço, percebo que me olham torto”, afirma. O mesmo acontece em momentos de lazer: “Muitas vezes não somos atendidos em locais como shoppings. Os vendedores acham que não temos dinheiro e nos discriminam pela forma como nos vestimos”, desabafa Ana Carolina Ana Carolina Almeida, 23 anos, moradora da Rocinha, também integrante do projeto.

As pessoas envolvidas no projeto, que teve início em 2006, contaram com um curso de capacitação para garantir autonomia para o desenvolvimento da campanha. “Tudo foi feito por eles, nosso papel foi buscar recursos e auxiliá-los”, enfatiza Max Freitas, coordenador da campanha e assistente de programas do Promundo. Os(as) jovens também contaram com a colaboração de cerca de 10 técnicos durante a fase de criação.

A campanha pelo fim da discriminação contará com busdoors em ônibus da zona sul, fixação de cartazes pela cidade e distribuição de cartões postais em locais como cinemas e restaurantes. Aos sábados, serão realizados eventos em praças e outros locais públicos com atividades culturais, além do diálogo direto entre integrantes do projeto e a sociedade na busca pela desmistificação da favela e de seus(suas) moradores(as).

O otimismo em relação aos efeitos da campanha é grande. “Minha expectativa é de que a campanha possa abranger várias pessoas”, diz Ana Carolina. “Espero que a campanha sirva para sensibilizar a população, propondo um novo olhar sobre a favela e seus moradores”, declara Max. “Se diminuir um pouquinho o preconceito, já tá bom pra gente”, conclui Verônica.

Após a apresentação do projeto e dos planos para a campanha, o lançamento foi encerrado com um debate sobre juventude, preconceito e violência, com a presença de Mônica Mumme, coordenadora de projetos do Cecip; Marcos Nascimento, diretor de programas do Promundo; Samuel Marques e Ana Caroline Belo, de JovEMovimento; Max Freitas, assistente de programas do Promundo; Ana Carolina Dreyfus, CESeC / Ucam – projeto Juventude e Polícia; Maria Theresa Costa Barros, IMS / Uerj – pesquisa Juventudes Segregadas; Alessandro Molon, deputado estadual e presidente das Comissões de Direitos Humanos e de políticas de juventude da Alerj.

Para ver a matéria original clique aqui: http://www.juventudesulamericanas.org.br/index.php/noticias/38-materias/96-jovens-lancam-campanha-pelo-fim-do-preconceito

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

01ª atividade de rua da Campanha "Favela: eu sou daqui!" (RJ)

No sábado dia 08/11, das 16 às 19h, tivemos o lançamento da campanha do Rio de Janeiro nas ruas. Depois do lançamento oficial do dia 06/11, realizamos panfletagem, dialogamos com os frequentadores da Cobal do Humaitá e realizamos vídeo debate com diretores de curtas relativos a favelas. Assim, a campanha "Favela: eu sou daqui!" iniciou suas atividades de rua, dialogando diretamente com as pessoas. A atividade, coordenada por Promundo e Cecip, foi desenvolvida pelos(as) jovens integrantes do Projeto JovEMovimento do Rio de Janeiro, com o apoio de 03 jovens do grupo de Recife/PE. No próximo sábado, dia 15/11, a partir das 09:30h, estaremos de volta a Cobal e convidamos os(as) interessados em colaborar conosco.




Favela: eu sou daqui! - links divulgação online até 07/11

Abaixo, os links para os canais que divulgaram online o lançamento da campanha Favela: eu sou daqui!

Blog do Noblat - http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?cod_post=139406

JB Online - http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/11/06/e061120096.html

Site O Globo - http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/11/06/jovens_lancam_campanha_favela_eu_sou_daqui_-586287029.asp

Bairros.com - http://oglobo.globo.com/rio/bairros/post.asp?t=campanha_gera_reflexao_sobre_preconceito_contra_quem_mora_em_favelas&cod_Post=138262&a=358

Revista do Terceiro Setor - http://www.rets.org.br/rets/servlet/newstorm.notitia.apresentacao.ServletDeSecao?codigoDaSecao=58&dataDoJornal=atual

PropMark - http://www.propmark.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=propmark&infoid=48984&sid=6&tpl=printerview

meio&mensagem - http://www.meioemensagem.com.br/novomm/br/TODAS/?Nova_campanha_do_iG_foca_conteudo

MaxPress Net - http://www.maxpressnet.com.br/noticia.asp?TIPO=PA&SQINF=347018

Favela: eu sou daqui! - Jornal Metro 06/11

Nota no Jornal Metro sobre a campanha - 06/11 - clique para ampliar e ler:

Favela: eu sou daqui! - Jornal O Globo (06/11)

Matéria no Jornal O Globo, caderno Zona Sul, no dia 06/11 - clique na imagem para ampliar e ler:

Lançamento da campanha Favela: eu sou daqui! no Jornal O DIA (07/11)

Jornal O DIA (07/11/2008 - Pág 04) - clique na imagem para ampliar e ler:

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Lançamento da Campanha "Favela - Eu sou daqui!" no Rio de Janeiro

Aconteceu no dia 06/11 o lançamento da campanha Favela: eu sou daqui! desenvolvida pelo grupo do Projeto JovEMovimento RJ, em coordenação do Promundo e parceria com o CECIP. O lançamento contou com apresentação do projeto, da campanha e seus objetivos, além das peças da campanha (banners, cartões postais (MICA), camisetas, vídeo para TV, spot de rádio e busdoor). Depois dos(as) jovens de cinco comunidades cariocas (Rocinha, Maré, Alemão, Santa Marta e Vila Aliança) se apresentarem, foi composta uma mesa de debate sobre Jovens, Preconceito e Violência.


No sábado, dia 08/11, a campanha Favela: eu sou daqui! terá sua estréia em atividades de rua. Os(as) jovens do Projeto JovEMovimento realizarão atividades na Cobal do Humaitá (02º andar) a partir das 16h. Haverá exposição de curtas, música e bate-papo com os(as) jovens sobre a campanha. Outros jovens do JovEMovimento de Recife/PE também estarão conosco. Você que é do Rio de Janeiro, apareça por lá, Participe!!!

Da esquerda para a direita: Mônica Mumme (Coordenadora de Projetos do Cecip); Marcos Nascimento (Diretor de Programas do Promundo); Samuel Marques (JovEMovimento); Max Freitas (Assistente de Programas do Promundo); Ana Caroline Belo (JovEMovimento); Ana Carolina Dreyfus (CESeC / UCAM - Proj. Juventude e Polícia); Maria Theresa Costa Barros (IMS / UERJ - Pesquisa Juventudes Segregadas); Alessandro Molon (Dep. Estadual e presidente das Comissões de Direitos Humanos e de Políticas de Juventude da ALERJ).

Da esquerda para a direita alguns jovens do JovEMovimento RJ: Bruno Bastos (Vila Aliança); Michele Aldeia (Maré); Samuel Marques (Engenho da Rainha); Verônica Moura (Santa Marta); Priscila Santos (Alemão); Ana Carolina Almeida (Rocinha); Juliana Noronha (Rocinha).




Da esquerda apra a direita alguns jovens do JovEMovimento RJ: Bruno Bastos (Vila Aliança); Ana Caroline Belo (Maré); Ana Carolina Almeida (Rocinha); Juliana Noronha (Rocinha); Michele Aldeia (Maré); Priscila Santos (Alemão) e Samuel Marques (Engenho da Rainha).


Meus parabéns! Estamos todos muito orgulhosos de vocês!

Simone com contribuição de Max

Vídeo da campanha Favela: eu sou daqui! (RJ)

link no YouTube:

http://br.youtube.com/watch?v=auOhc2K9q7w

Assista aqui:

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Favela: eu sou daqui! - Jornal O Dia - 05/11/2008

Jornal O Dia (05/11/2008) - clique na imagem para ampliar:

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Favela: eu sou daqui! (RJ)

Lançamento dia 06/11 (quinta-feira) às 14h no Hotel Golden Park (Rua do Russel, 374 - Glória - Rio de Janeiro/RJ).


CAMPANHA FAVELA: EU SOU DAQUI! – JOVENS PELO FIM DO PRECONCEITO

No Rio, existem aproximadamente 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) jovens. Mais de 300.000 (trezentos mil) moram em favelas e são discriminados por isso. A campanha Favela: eu sou daqui! foi elaborada com muita autonomia por jovens cariocas, com idades entre 17 e 22 anos, moradores das favelas da Maré, Rocinha, Vila Aliança, Santa Marta e do Complexo do Alemão, com o objetivo de transformar esta realidade.

Esta campanha é fruto de uma parceria entre Promundo e o CECIP – Centro de Criação de Imagem Popular. Idealizada por um grupo de jovens do Rio de Janeiro – provenientes das instituições Observatório de Favelas, Luta pela Paz, Adolescentro, CEDAPS e Promundo no contexto do Projeto JovEMovimento, desenvolvido no Rio pelo Promundo e em outras duas cidades brasileiras (Ceilândia/DF - Grupo Atitude e Recife/PE - Instituto Papai).

A campanha tem como objetivo "influenciar positivamente a visão preconceituosa que as classes média e alta têm sobre os jovens moradores de favelas", o que inclui todo o discurso de criminalização da pobreza, exclusão social e responsabilização desta população pelas violências e pela insegurança.

Os jovens componentes do grupo, discutiram por meses monitoramento de políticas públicas e, avaliando sobretudo as políticas de segurança, saúde e educação e as violações dos direitos humanos nas favelas, destacaram que as diferentes esferas da gestão pública na realidade reproduzem um sentimento sobretudo das classes média e alta (não exclusivamente, é claro) que é de preconceito, excludente, marginalizante, incluindo a forma como a mídia trata a juventude moradora de favelas. O enfoque da campanha está na leitura de que as políticas são diferentemente distribuídas pela cidade, não só espacial ou geograficamente, mas também quanto a qualidade e quanto a abordagem à população, o maior exemplo disso é a polícia.

Com um tom otimista, leve, positivo, a campanha pretende provocar uma reflexão sobre uma mesma cidade, um mesmo espaço urbano e propõe quebrar a idéia de "morro x asfalto", "favela x cidade", "favelado x sociedade", para o pensamento da inclusão e do pertencimento.

Na primeira fase de construção da campanha, que aconteceu de janeiro a maio de 2008, os jovens participaram de uma capacitação em que criaram o conceito, os conteúdos e roteiros/lay-outs das peças da campanha, envolvendo no processo um grupo focal de estudantes e professores de duas escolas de classe média, localizadas na Zona Sul do Rio de Janeiro. Na segunda etapa do projeto, profissionais das áreas do audiovisual, rádio e design gráfico colaboraram na produção das peças elaboradas pelos dos jovens.

A campanha ganhará as ruas em novembro de 2008. Além de spots de TV e rádio e de peças gráficas como cartões postais “mica”, banners, cartazes e busdoors em ônibus que circulam pela zona sul, a campanha prevê eventos em escolas, praças e outros espaços públicos.

Clique na imagem para ampliar o convite:




Livro: Homens na linha de fogo (juventude, masculinidade e exclusão social)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO RJ LANÇA DISQUE PRECONCEITOS

A partir desta quarta-feira (05/11), começa a funcionar o Disque Preconceitos (0800 282 0802) da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Vinculado à Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitos de Raça, Cor, Etnia, Religião e Procedência Nacional da Alerj, presidida pela deputada Beatriz Santos (PRB), o novo serviço vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, receberá denúncias e sugestões e orientará a população sobre as diversas formas de discriminação e preconceito. Com relação aos outros 13 disques já em funcionamento na Alerj, quatro deles sofrerão alteração no número de discagem gratuita e ganharão mais um zero. Por determinação da Anatel, todos os números 0800 terão que ter 11 dígitos. As mudanças serão no Alô, Alerj (0800 022 0008), Disque Idoso (0800 023 9191), Disque Criança (0800 023 0007) e Disque Comissão de Defesa dos Direitos Humanos (0800 025-5108). Os disques são um importante canal de comunicação das comissões e da Alerj com o cidadão do estado para denúncias, reclamações ou informações, que resultam em providências, encaminhamentos, projetos de lei, ações na justiça ou serviços. Os outros disques da Alerj são: Disque Consumidor: 0800 282 7060 Disque Denúncia do Meio Ambiente: 0800 282 0230 Disque Denúncia do Trabalho: 0800282 3596 Disque Educação: 0800 282 1559 Disque Milícia: 0800 282 0376 Disque Pirataria: 0800 282 6582 Disque PPD (Pessoa Portadora de Deficiência): 0800 285 5005 Disque Segurança Pública: 0800 282 3135 Disque SOS Mulher: 0800 282 0119

JovEMovimento RJ no FALA COMUNIDADE JOVEM!

Os(as) Jovens do Rio de Janeiro participarão do evento FALA COMUNIDADE JOVEM! neste sábado 01/11, na Universidade Veiga de Almeida (Tijuca/RJ), das 09 às 17h. Neste encontro será apresentado o vídeo da campanha Favela: eu sou daqui! que dará o click das discussões da mesa de debate sobre Direitos Humanos. Nesta mesa haverá uma jovem representante do grupo do Rio (Priscila Cristina), além de outros(as) jovens que estarão presentes no encontro.

O Fala Comunidade Jovem! reunirá cerca de 150 adolescentes e jovens de comunidades do Rio de Janeiro e Região Metropolitana para discutir suas vivências sobre os temas direitos humanos, participação juvenil e sexualidade.

“O Fala, Jovem tem como finalidade reunir os/as jovens para discutir temas da atualidade que afetam de forma direta nossas juventudes. Todo evento é pensado e organizado por nós, jovens de comunidades populares de diversas partes da cidade. Entendemos que as juventudes precisam de espaços de escuta.” Mariana Gomes, dinamizadora do Clube de Adolescentes do Morro dos Prazeres

Convite (clique na imagem para ampliar):


Max Freitas - RJ

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Audiência do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) no fórum da Ceilândia!



O CAPS é situado em Taguatinga (cidade próxima a Ceilândia) é que faz todo o atendimento à população de toda a região, os gestores públicos que lá estavam foram cobrados para que a Cidade mais populosa de Brasília a Ceilândia, tivesse pelo ao menos um Centro de Atenção Psicossocial e um em cada comunidade, para que possamos ter um atendimento mais efetivo.As propostas dos Gestores Públicos foram direcionadas a todo o momento para construção de um Centro de Atenção Psicossocial com urgência, para que os jovens possam ser atendidos também e não somente os idosos.A mesa estava composta por representante da Secretária de Saúde, Gerência de Saúde Mental, Coordenador Administrativo das Promotorias de Justiça, Administração de Ceilândia DF, Promotora de Gênero Pró – Mulher, Delegacia de Atendimento à Mulher, Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas, Conselho de Políticas sobre Drogas – DF e representante da Rede Social de CEILÂNDIA-DF.


OBS: NÃO TEMOS UMA QUANTIDADE DE CAPS NO DF SUFICIENTE PARA ATENDER A TODOS, PRINCIPALMENTE AOS JOVENS QUE NÃO TEM VEZ AO ATENDIMENTO A SAÚDE MENTAL, OS CAPS SÓ ATENDEM JOVENS APARTI DE 17 ANOS, PORÉM NÃO TEM PRIORIDADE NO ATENDIMENTO.
NESTA AUDIÊNCIA TIVEMOS A PROMESSA DE NOVOS ENCONTROS, PARA DEBATER A SAÚDE DO JOVEM...

ESTAMOS DE OLHO!!!

GIL ... TIM ...Ceilândia-DF




quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Brasil comemora 20 anos da Constituição Cidadã!!!

Antes que o mês termine nós aqui da Ceilândia não podemos deixar em branco a comemoração de 20 anos de nossa Constituição!
Já que estamos aqui mais que íntimos com o congresso e com nossos parlamentares....


- "Declaro promulgada. O documento da liberdade, da dignidade, da democracia, da justiça social do Brasil. Que Deus nos ajude para que isso se cumpra!” (Frase proferida às 15h50 do dia 5 de outubro de 1988, pelo deputado Ulysses Guimarães, presidente da Assembléia Nacional Constituinte)

Neste mês de outubro se comemora os 20 anos de Constituição Federal Brasileira, ou seja, a constituição que teve seu desenvolvimento iniciado em 1986 senadores, deputados e inclusive o povo brasileiro que tinham a incumbência de redigir parágrafos, incisos e artigos, que determinariam os direitos e deveres dos cidadãos brasileiros e dos estados sendo esta uma das mais modernas depois de um detestável período de ditadura militar.
Por acaso, no mesmo mês em que o país celebra os 20 anos desse evento histórico, a população brasileira praticou um dos mais importantes direitos garantidos pela Constituição de 1988: o de escolher livremente seus representantes.

- “todos os dias, durante os trabalhos da Constituinte, cerca de dez mil pessoas, representando os mais diversos tipos de interesses, procuraram os gabinetes, salões e comissões do Congresso Nacional para defender seus pontos de vista” (Ulysses Guimarães)

A Constituição da República Federativa do Brasil foi concluída e promulgada depois de um trabalho de vinte meses iniciado em fevereiro de 1987, que exigiu 9 mil horas de discussão apenas nas sessões plenárias um total de 320. Ao todo, foram analisadas 61.020 emendas apresentadas ao texto, colocando nosso país novamente rumo a democracia.

- “Há, portanto, representativo e oxigenado sopro de gente, de rua, de praça, de favela, de fábrica, de trabalhadores, de cozinheiros, de menores carentes, de índios, de posseiros, de empresários, de estudantes, de aposentados, de servidores civis e militares, atestando a contemporaneidade e autenticidade social do texto que ora passa a vigorar” (Ulysses, no discurso de promulgação da Carta Magna)

Os parlamentares constituintes, eleitos por voto direto, receberam 122 emendas populares, das quais algumas foram apresentadas com mais de um milhão de assinaturas de apoio. Os direitos do cidadão figuram com destaque no texto constitucional. No discurso que pronunciou no dia da promulgação constam do artigo 5º os direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, à propriedade, à igualdade entre homens e mulheres, de liberdade de expressão, de liberdade religiosa e a direito de não ser torturado e de não ser preso injustamente, na seqüência, no artigo 6º, a Constituição assegura a todos os direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à segurança e à proteção às mães e às crianças. Esses direitos orientam as políticas públicas e a elaboração de novas leis. Além disso, se for necessário, o cidadão pode recorrer à Justiça para que tais direitos sejam respeitados.

- “Eu a critiquei, mas sempre com espírito público, na fase de elaboração. Amanhã, ela será lei. Serei o seu maior servidor. Eu a convoquei. Serei o primeiro a jurá-la. Lutarei pelo seu êxito... E desejo que a nova Constituição assegure ao Brasil anos de paz, de avanços, de prosperidade, de compreensão e de senso do dever” disse o então presidente da República. (dia 4 de outubro de 1988 o então presidente da República em cadeia nacional de rádio e TV José Sarney)

Desde a promulgação de nossa Carta Magna, não temos muito que comemorar neste mês, a não ser a sua existência, seu conteúdo e contexto histórico que sempre vai ser emocionante e nostálgico para quem esteve lá ou simplesmente para quem já nasceu com seus direitos e deveres definidos pela Constituição de 1988.

Nós sabemos que boa parte dos cidadãos brasileiros a desconhece ou simplesmente a ignoram, mesmo sabendo deve seguida, respeitada e admirada por ser uma das constituições que mais pregam a igualdade, os direitos e deveres dos cidadãos sendo ele índio, negro, pobre, branco, do norte ao sul.
Sabemos que muitas coisas foram modificadas desde 1988, para a nossa melhoria. E ainda sim sua importância diante da juventude brasileira, ainda é pouco compreendida. Sendo um fato não ignorado pelos parlamentares, que nos subjugam como incapazes de nos mostrar interessados em ver nossa opinião sendo entoada e ouvida por nossos representantes no parlamento.
Mas o que não é dito a grande massa é que o jovem quer ser representativo, quer mostrar-se atuante, quer determinar com sua voz o que lhe é de direito, o que é bom para seu desenvolvimento como cidadão, O que também não é dito é que nossa constituição é ignorada e deixada de lado pelos menos favorecidos quase que de propósito pelos governantes que não a mostra importante e indispensável para sermos cidadãos participantes, a maioria jovem que não tem idéia que ela esta ali para ser lida a partir de sua alfabetização, a partir do momento em que seu entendimento de indivíduo vir átona. Percebemos que o mundo das idéias é sim muito belo e perfeito, assim como nossa Constituição e com as suas alterações o nome jovem agora é adicionado e estamos aqui em 34.1 milhões representando 20,1% da população brasileira e mais do que nunca seremos agentes de transformação da realidade em que vivemos, das futuras gerações mesmo com passos curtos, mas contínuos, arregaçando as mangas para impulsionar e intensificar a participação, os debates, troca de informações e ações, não somente políticas, mas sociais e culturais. Celebramos assim essas duas décadas com gosto pela democracia, desenvolvimento e igualdade.

Gilvaneth Araújo Vasconcelos.
Grupo Atitude-out-2008